sábado, 28 de março de 2009

Chuva.


Estavamos nós dois, num parque dentro de um apartamento como todos os outros. Um parque sem muitos brinquedos paras crianças se divertirem...sem aos menos terem crianças nesse exato momento para poderem gastar suas energias pulando e subindo naqueles brinquedos que era as melhores coisas pra eles. E lá estavamos nós, sentado em um daqueles banquinhos, com uma chuva que poderia molhar nós dois se não fomos pra algum lugar seguro e quente...mas, a única coisa que estava em nossa frente era uma pequena casinha de boneca, que era coberta e parecia quentinha. Eu o chamei para me acompanhar a ficar ali dentro, longe do frio e do molhado. Ele me acompanhou, sentamos ali, naquele chão que era a única parte seca. Um lugar pequeno, porém, quente. Fiquei ali no canto, e o puxei para dentro. Ele sentou-se ao meu lado e pude me perde em seu olhar por alguns segundos antes que ele falasse algo. Virei meu rosto rapidamente e dei um meio sorriso de vergonha e pude ver que ele me puxava para os braços dele, fazendo com que me esquentasse. Me senti surpresa com esse ato, admito. Pude sentir o calor de seu abraço me esquentando e sentir sua respiração intensa em meu ouvido. Ficamos alguns minutos ali, quetos, sem dar nenhuma palavra se quer. Olhei em seu rosto, pra poder observa um pouco como ele estava, vi seus lábios se movimentarem aos poucos formando um daqueles sorrisos que me deixa sem ar. Nesse instante, peguei em sua mão e entrelacei com a minha e nesse momento, senti meu coração quase saindo pela minha boca, olhando aquele sorriso que me deixava encantada. Meus lábios não estavam tão longe da dele, eu poderia beija-lo, mas, minha vergonha era maior. Virei meu rosto novamente e fiquei olhando aquela chuva caindo tão rápida e barulhenta, mas aquele barulho não fazia com que eu não escutasse ele. Derrepente ouvi ele dizendo que apesar da chuva ser tão brava, tão violenta, ele adorava vê-la assim. Olhei novamente para ele e ele sorriu para mim. Retribui o sorriso. E logo vi seus olhos vindo na direção de meus lábios e senti ele se aproximando de mim e senti aqueles lábios tão desejados encostando nos meus. E ali, naquela chuva tão forte, eu pude sentir seu beijo pela primeira vez, um beijo tão sonhado, desejado. Meu coração batia tão forte e tão calmo. Senti uma de suas mãos em meu rosto, fazendo um pequeno carinho com o polegar enquanto nos beijavamos. E logo aquele beijo terminou, ficamos surpresos, eu fiquei surpresa, até demais. Ficamos nos encarando por alguns minutos e pude sentir minhas bochechas corarem. Ele chegou perto do meu ouvido e disse a melhor coisa que sempre quis ouvir, 'obrigado por existir na minha vida! Eu te amo.'