terça-feira, 21 de setembro de 2010

Quinze de maio de dois mil e dez.

Naquela noite, deu tudo errado. Meus amigos não queria ir em tal evento que tinha na cidade, tinha outros planos ou estava sem dinheiro. Mas em todo caso, isso não importava muito, o que importava é que eu queria vê-lo. Afinal, era um final de semana, todo final de semana ele estava presente ao meu lado. Não poderia deixar que esse sábado fosse em branco. Bom, estava cedo, eu tinha uma grana na mão e um lugar legal para ir, por que não chama-lo? hum.

-Hm, acho que vou dormi.
-Não, você vai na
starbucks comigo!
-Ah, tá bom.

Um convite aceito, duas pernas tremendo. Fazer o que, ele me causa esse feito. Banho, já tinha tomado, estava de roupão e fui procurar uma roupa, que tecnicamente, não sabia o que colocar. Queria ficar linda para ele, para que ele me nota-se e ficasse algumas horas me admirando, mesmo eu fingindo que não estava olhando. Procurei e achei uma roupa legal, mas estava meio frio, então, devo colocar uma blusa quente se não irei morrer de frio.

Pronto! Estava arrumada, e não querendo ser e estou sendo convencida, eu estava linda! Linda por alguns minutos, porque depois que sai de casa, puft. Aquele vento estragou tudo, argh. Odeio frio. Peguei um ônibus e fui ao rumo de alguém que fazia meu coração pular forte dentro de mim.

Cheguei, e ele estava lá embaixo, com uma cara de sono, porém, lindo como sempre. Estava nervosa, eu não sabia o que falar e tudo mais. Ficamos um pouco quetos, mas logo quando chegamos na estação, trocamos algumas palavras, poucas, mas pelo menos falamos algo. Chegamos no shopping - Gosh, como aquele lugar estava cheio. Ficamos olhando algumas vitrines, enquanto alguns seres não saia da Starbucks. Ficamos indo e voltando, até que uma hora, saiu um pessoal de uma poltrona. Sentamos lá, e por lá que começou tudo. Compramos aqueles muffi's que prometemos comer um dia e ficamos ali conversando por muito tempo. Conversamos sobre muitas coisas, infância, pais, escola...assunto que eu amo falar, principalmente infância. Como eu estava adorando ouvir ele falando. HAHA, ele se empolga quando fala das coisas que ele aprontou na escola, e nossa, que sorriso lindo que ele tem...Opa, é, ok, não ouvi algumas coisas que ele disse, me distrai olhando pra ele. Ele rindo, que som gostoso de se ouvir. Eu estava completamente apaixonada por ele, não tenho dúvidas.

Fechamos aquele lugar, o tempo passou tão rápido que quando vi, era hora de fechar o shopping. Levantamos de lá, e andamos um pouco, e ainda conversando sobre muita coisa. Quando vi, andei a Paulista toda a pé, até minha casa. Bom, ele iria embora pra casa, mas arranjei alguma desculpa, pra que ele fosse para minha casa, esse tempo não foi o suficiente. Dane-se se era meia noite, pra mim, o que eu queria era passar a madrugada toda com ele.

Ele aceito, e chegando na minha casa, ele sentou no meu sofá e peguei algo pra comermos, e depois ficamos assistindo coisas bobas na tv. Eu estava num sofá e ele em outro...

-Er, vou sentar aí com você. Aqui não dá pra assistir direto.
-Ahn, tá bom.

Dei um espaço, e ele pegou minhas pernas e colocou no seu colo. Ficamos ali, assistindo por muitos minutos. As vezes eu ia no banheiro, depois ele e sempre voltamos pra assistir filme e comentar sobre algum comercial. Percebi que poderia deixar mais que além de pernas no colo dele, ele poderia deitar no meu ombro e eu poderia ter a chance de sentir ele nos meus braços...Falei pra ele deitar no meu ombro que seria bem mas confortavel de assistir o filme. E ele se debruçou e se encostou em mim, meus olhos brilharam. Por que não fazer um carinho nele? HÁ, vou parar de ser boba. Mas não pude evitar de controlar meu coração, quando percebi que tudo isso, era realidade. Gosh, dá pra você se acalmar um pouco coração? Ele não pode percebe...

O filme acabou, tão rápido. Não queria soltá-lo! Não, começa outro filme, por favor!
Mas já era bem tarde, três horas da manhã, e ele tinha que ir. É.
Abri a porta e fui acompanha-lo até o elevador e do elevador pra portaria do meu apartamento. Ok, eu sei, só vai passar disso. Amanhã, ele ira me tratar como amiga, só isso, se contente. Bom, er, estavamos no elevador e gosh, que frio.

-Está com frio?
-Um pouco...

Ele me abraçou, aaaaah! *olhos brilhando*
Como é bom estar nos braços dele! Entramos no elevador e ele me puxou e me abraçou outra vez, eu estava gritando de felicidade por dentro, será que ele está escutando? Espero que não. Saímos do elevador e fomos pra portaria, e sim, abraçados. Ele não parou de me abraçar, e eu, estava nas nuvens. O porteiro abriu o portão e dei tchau pra ele, olhei para o lado para ver como estava a rua, tão deserta que fiquei preocupada se chegaria bem em casa, bom, voltei a olhar pra ele, ele estava olhando pra mim, quieto. Depois quando abracei ele de novo, e meu rosto se afastou o dele se aproximava. Quando vi, tão de repente que minha reação foi muito, er, não sei explica. Mas ele me beijou. É, ele me beijou, rápido, mas me beijou. Eu o abracei, e sussurrei no seu ouvido:

-Não quero te larga!
-É, eu também não.

Meu sorriso foi de orelha a orelha. Mas tinha que deixar ele ir, estava tarde, e perigoso a rua. Dei um outro beijo e outro abraço, e soltei ele aos poucos, mas morrendo de vontade de agarra-lo e ficar ali o resto da madrugada abraçada com ele. Aquilo que era meu sonho, meu desejo, noites que passava imaginando várias vezes em ganhar um beijo dele, aconteceu nessa noite. O melhor sábado da minha vida.